sábado, 30 de junho de 2007
À volta do centro tambem há hiphop
Estão a ser criadas condições para acontecer algo de sério muito em breve»
Rui Miguel Abreu in “O Público” (14 de Abril de 2002)
O momento crucial chegou em 2004. Correcção: o segundo momento crucial, dez anos depois do primeiro, que veio com a colectânea Rapública e a tão famosa expressão “não sabe nadar”. Numa reportagem d’ O Público, Vítor Belanciano escreveu que “eles acreditam tanto que apetece acreditar com eles”. Para além de uma cultura de resistência, de uma cultura de intervenção, de uma cultura urbana, Hip Hop é uma cultura de esperança. Acreditamos sem restrições, persistindo e mantendo viva a esperança até um dia atingirmos o nosso objectivo: mudar o que há a mudar. Na música, na sociedade, seja onde for. E não se pense que por sermos uma cultura não há divergências (também temos direito a elas). Cada um acredita nas suas perspectivas, com semelhanças aqui e ali, unidos sem ser preciso conhecermo-nos, lutamos para vermos cumpridos e aceitados os nossos princípios, mesmo que muitos dos nossos desejos sejam utópicos.
Apesar de estas duas vagas (uma delas ainda a decorrer) terem tido efeitos visíveis, continuamos sem ver os resultados das versões política e cultural do Hip Hop: não vemos grandes revoluções em Portugal, na música ou na atitude dos portugueses; não vemos grandes apostas das editoras noutros estilos de música nem apoio das pessoas em grupo mais originais. Muitos jovens renderam-se ao rap, mas existe ainda muitos preconceitos e hostilidade em relação a esta cultura (exemplo: a maneira como muitos encaram o graffiti). Apenas alguns indícios, como a mudança em 2004, podem sugerir-nos que um dia o movimento hip hop tuga marcará realmente Portugal.
É por isso que tenho orgulho no espírito que predomina, ainda que às vezes abalado, na versão portuguesa da cultura Hip Hop. Temos muitos nomes, muitos grupos, muitos artistas e não só, que fizeram muito por esta cultura. Uns só contribuiram no início mas não conseguiram aguentar, outros apareceram já depois da old school e, outros, não só suportaram o movimento no seu início, como o apoiaram e resistiram até agora, sem se deixarem corromper. É a esses que dedico este tópico. Obrigado!
«MC's de Portugal, chegou o momento crucial»
Líderes da Nova Mensagem - “O Rap é Uma Potência” in Rapública (1994)
Rui Miguel Abreu in “O Público” (14 de Abril de 2002)
O momento crucial chegou em 2004. Correcção: o segundo momento crucial, dez anos depois do primeiro, que veio com a colectânea Rapública e a tão famosa expressão “não sabe nadar”. Numa reportagem d’ O Público, Vítor Belanciano escreveu que “eles acreditam tanto que apetece acreditar com eles”. Para além de uma cultura de resistência, de uma cultura de intervenção, de uma cultura urbana, Hip Hop é uma cultura de esperança. Acreditamos sem restrições, persistindo e mantendo viva a esperança até um dia atingirmos o nosso objectivo: mudar o que há a mudar. Na música, na sociedade, seja onde for. E não se pense que por sermos uma cultura não há divergências (também temos direito a elas). Cada um acredita nas suas perspectivas, com semelhanças aqui e ali, unidos sem ser preciso conhecermo-nos, lutamos para vermos cumpridos e aceitados os nossos princípios, mesmo que muitos dos nossos desejos sejam utópicos.
Apesar de estas duas vagas (uma delas ainda a decorrer) terem tido efeitos visíveis, continuamos sem ver os resultados das versões política e cultural do Hip Hop: não vemos grandes revoluções em Portugal, na música ou na atitude dos portugueses; não vemos grandes apostas das editoras noutros estilos de música nem apoio das pessoas em grupo mais originais. Muitos jovens renderam-se ao rap, mas existe ainda muitos preconceitos e hostilidade em relação a esta cultura (exemplo: a maneira como muitos encaram o graffiti). Apenas alguns indícios, como a mudança em 2004, podem sugerir-nos que um dia o movimento hip hop tuga marcará realmente Portugal.
É por isso que tenho orgulho no espírito que predomina, ainda que às vezes abalado, na versão portuguesa da cultura Hip Hop. Temos muitos nomes, muitos grupos, muitos artistas e não só, que fizeram muito por esta cultura. Uns só contribuiram no início mas não conseguiram aguentar, outros apareceram já depois da old school e, outros, não só suportaram o movimento no seu início, como o apoiaram e resistiram até agora, sem se deixarem corromper. É a esses que dedico este tópico. Obrigado!
«MC's de Portugal, chegou o momento crucial»
Líderes da Nova Mensagem - “O Rap é Uma Potência” in Rapública (1994)
sexta-feira, 29 de junho de 2007
quinta-feira, 28 de junho de 2007
www.hiphopcvl.blogspot.com (ja online)
Este blog foi criado com o objetivo de divulgar toda a cultura hiphop que se realiza na covilha e beira interior. Pretendemos divulgar tudo sobre as 4 vertentes do hiphop: Mcing, Djing, Grafiti e Breakdance, com tambem festas, bandas, crews, lancamentos de cds, etc...
Com esta exposição online esperamos também ajudar a quebrar alguns preconceitos. Como se costuma dizer, “é preciso primeiro conhecer para depois poder julgar” e, infelizmente, esta cultura tem sido muitas vezes (erroneamente) associada ao vandalismo, à delinquência, à juventude inconsciente, etc, esquecendo ou ignorando todo o seu lado positivo - a sua verdadeira essência.
Não devemos deixar que uma pequena parte substitua o todo, que as marcas negativas se sobreponham à realidade criativa. É necessário promover a filosofia do hip-hop, as suas nobres bases, como a liberdade de expressão, o estilo aberto (largo em pensamento), a visão atenta e interventiva, o respeito pela arte, o culto da verdade, a sede de aperfeiçoamento… Como cultura urbana que é, tem o seu lado simples, acessível, muitas vezes gratuito e, talvez por isso, facilmente “sabotado” ou mal interpretado.
Mas, acima de tudo, gostaríamos que este espaço fosse visto como uma espécie de “arquivo”, onde todos (conhecedores ou não desta cultura) possam ter acesso a um variado leque informativo e fiel do hip-hop que se faz por terras do interior.
Big up....
Com esta exposição online esperamos também ajudar a quebrar alguns preconceitos. Como se costuma dizer, “é preciso primeiro conhecer para depois poder julgar” e, infelizmente, esta cultura tem sido muitas vezes (erroneamente) associada ao vandalismo, à delinquência, à juventude inconsciente, etc, esquecendo ou ignorando todo o seu lado positivo - a sua verdadeira essência.
Não devemos deixar que uma pequena parte substitua o todo, que as marcas negativas se sobreponham à realidade criativa. É necessário promover a filosofia do hip-hop, as suas nobres bases, como a liberdade de expressão, o estilo aberto (largo em pensamento), a visão atenta e interventiva, o respeito pela arte, o culto da verdade, a sede de aperfeiçoamento… Como cultura urbana que é, tem o seu lado simples, acessível, muitas vezes gratuito e, talvez por isso, facilmente “sabotado” ou mal interpretado.
Mas, acima de tudo, gostaríamos que este espaço fosse visto como uma espécie de “arquivo”, onde todos (conhecedores ou não desta cultura) possam ter acesso a um variado leque informativo e fiel do hip-hop que se faz por terras do interior.
Big up....
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